Segundo a Avianca, a mudança acontecerá progressivamente no mês de abril e a diminuição implicará também no fechamento de 3 bases operacionais, no Galeão, Petrolina e Belém.
A empresa aérea Avianca Brasil anunciou nesta terça-feira (26) a redução do tamanho de sua frota, o que significa a descontinuidade de 21 rotas, entre elas uma entre os aeroportos Castro Pinto, na Paraíba, e Galeão, no Rio de Janeiro. A empresa passará a operar com 26 aeronaves e 23 destinos. A medida integra seu plano de recuperação judicial.
Segundo a Avianca, a mudança acontecerá progressivamente no mês de abril e a diminuição implicará também no fechamento de 3 bases operacionais, no Galeão (RJ), Petrolina (PE) e Belém (PA).
A 32 rotas que restaram, segundo a aérea, são estratégicas e continuam a ser operadas normalmente, com seus pousos e decolagens mantidos dentro do cronograma previsto.
“Para os passageiros com bilhetes emitidos para os destinos que deixam de ser atendidos, a empresa informa que cumprirá a resolução 400 da Anac”, informou em nota.
Veja abaixo das rotas que serão descontinuadas pela Avianca:
- Aracaju-Salvador
- Belém-Guarulhos
- Fortaleza-Bogotá
- Salvador-Bogotá
- Brasília-Cuiabá
- Brasília-Fortaleza
- Brasília- Galeão
- Brasília-Maceió
- Brasília-Salvador
- Florianópolis-Galeão
- Fortaleza-Galeão
- Guarulhos-Galeão
- Galeão-Foz do Iguaçu
- Galeão-João Pessoa
- Galeão-Natal
- Galeão-Porto Alegre
- Galeão-Salvador
- Maceió-Salvador
- Petrolina-Recife
- Petrolina-Salvador
- Recife- Salvador
Voos internacionais
A Avianca Brasil também informou que, para adequar sua operação à atual demanda de passageiros, vai descontinuar os voos diretos que partem de Guarulhos com destino a Santiago do Chile, Miami e Nova York.
Os voos diretos que partem de Guarulhos com destino a Santiago do Chile, Miami e Nova York, serão descontinuados a partir de 1º de abril.
Plano de recuperação
A Avianca está em recuperação judicial desde dezembro. A aérea informou, dias atrás, que a revisão de seu plano de recuperação judicial seria apresentada nos próximos dias, com a nova estrutura da empresa, que tem como foco suas rotas estratégicas.
A Justiça de São Paulo aceitou pedido feito pela empresa irlandesa Constitution Aircraft Leasing para retomar aviões arrendados pela Avianca Brasil.
Entre o fim de 2016 e setembro de 2018, os passivos da Avianca Brasil para empresas de leasing de aeronaves quintuplicaram para R$ 415 milhões, de acordo com as demonstrações financeiras da empresa.
A Avianca contratou em janeiro a consultoria Galeazzi & Associados para ajudar a encontrar recursos e eventualmente um comprador. Os principais credores da companhia aérea são as empresas de leasing de aviões Aircastle e GE Capital Aviation Services.
A companhia está atrasando o salário de pilotos e comissários desde janeiro. Na semana passada, trabalhadores do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) se reuniram e deram o prazo de quarta-feira (13) para que a empresa se posicione antes de um novo encontro para discutir uma eventual paralisação.
Na última quinta-feira (7), um voo da Avianca que seguia de Guarulhos (SP) para Miami teve a rota desviada para San Juan, na ilha caribenha de Porto Rico. Em nota, a companhia disse que o avião, um Airbus A330, “fez um pouso técnico”, mas não detalhou as razões do procedimento.
A Avianca Brasil é separada da Avianca Holdings, com sede na Colômbia. Mas elas pertencem a um mesmo grupo, do empresário boliviano German Efromovich.