O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) devem fazer parte da executiva nacional do Aliança Pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar e presidir. Os advogados Admar Gonzaga e Karina Kufa são os responsáveis pela estratégia jurídica de formação da nova sigla.
Na terça-feira (12), Jair e Flávio Bolsonaro anunciaram que pediram desfiliação do PSL. Como o mandato deles não pertence ao partido, como é na Câmara, eles não precisam esperar janela para mudar de sigla. A intenção de que Flávio e Eduardo participem da Executiva do Aliança pelo Brasil foi adiantada ao Congresso em Foco por Admar Gonzaga.
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Para não serem expulsos por infidelidade partidária, os aliados de Bolsonaro no PSL continuarão no partido até a oficialização da nova sigla. Uma das possibilidades previstas para o congressista eleito em um pleito proporcional não perder o mandato é se filiar a uma legenda recém-criada.
Para se criar um partido no Brasil é necessário reunir 500 mil assinaturas. O prazo é curto para o lançamento de candidaturas municipais em 2020. A nova sigla precisará estar pronta até março do ano que vem para poder lançar candidatos a prefeito e vereador em outubro. A equipe de Bolsonaro pretende usar o Whatsapp para reunir o apoio exigido. Mas o uso do instrumento não é seguro juridicamente e as assinaturas podem ser invalidadas.
Admar Gonzaga afirmou que vai traçar estratégias para conseguir essas assinaturas a tempo da disputa do ano que vem. De acordo com ele, é possível que isso seja feito. “Estamos desenvolvendo e teremos novidades em breve”, disse o advogado sobre o uso da tecnologia para acelerar os apoios.
Ele afirmou que não quer antecipar detalhes da estratégia porque é o que o “outro lado está esperando”, em referência aos deputados do PSL aliados do presidente do partido, Luciano Bivar, na guerra contra Bolsonaro.