Ciro diz que Deputada deveria deixar PDT e que ela cometeu um 'erro que não pode passar impune'

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Para mim, neste momento, ainda estou com aquele sofrimento que no verso de Djavan fala em ‘desgosto de filha’ e esse sentimento não é bom conselheiro para providências que devemos tomar”, disse Ciro (Foto: Reprodução)

PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (CE) afirmou na tarde desta quinta-feira (11), em um evento realizado na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, que a deputada federal Tabata Amaral (SP) deveria deixar o PDT.

Candidato à Presidência da República no ano passado, ele se mostrou decepcionado com a correligionária, que na quarta votou favoravelmente à aprovação do texto base da reforma da Previdência na Câmara.

“Para mim, neste momento, ainda estou com aquele sofrimento que no verso de Djavan fala em ‘desgosto de filha’ e esse sentimento não é bom conselheiro para providências que devemos tomar”, disse Ciro, que participou de diversos atos de campanha ao lado de Tabata durante a eleição do ano passado.

“É certo que, em minha opinião, ela cometeu um erro indesculpável, mas vale lembrar que a deputada tem 25 anos e ainda é uma idade em que as pessoas podem errar, embora no caso, um erro desse contra a melhor tradição do trabalhismo brasileiro e contra o povo mais pobre, é um erro que não pode passar impune”, afirmou o ex-governador.

“Não acho, francamente, que ela tenha mais lugar para ficar no PDT. Acho que ela deveria sair, assim como os outros deputados do partido que votaram a favor da reforma também”, afirmou.

De acordo com Ciro Gomes, “isso tudo será examinado nos devidos procedimentos que o PDT abrirá a partir da quarta-feira que vem”, referindo-se a um procedimento da comissão de ética do partido que será instaurado. Mas para ele, Tabata e os outros pedetistas que contrariaram a orientação do partido deveriam deixar a sigla.

Na quarta, após a votação, a deputada disse que não vendeu seu voto e que o “sim” às mudanças nas regras de aposentadoria não significam um “sim” ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), tampouco um “não” à orientação do partido.

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