PF investiga servidores da Receita por tentar acessar dados de Bolsonaro

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Em um dos casos, o servidor, que é irmão da deputada Norma Ayub, acessou as informações do presidente por meio de um terminal localizado no Espírito Santo


BS Bruno Santa Rita – Especial para o CorreioIS Ingrid Soares – Especial para o Correio RS Renato Souza

postado em 05/04/2019 20:04 / atualizado em 05/04/2019 20:26

(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra pelo menos dois servidores da Receita que são suspeitos de acessarem ilegalmente dados fiscais do presidente da República, Jair Bolsonaro e de integrantes de sua família. Uma sindicância interna apontou que a consulta aos dados ocorreu sem que existisse qualquer justificativa legal.
As equipes policiais foram até o prédio da Receita em Campinas, no interior de São Paulo e recolheram informações dos computadores usados por um dos suspeitos. Assim que notou as ações dos servidores, o Fisco acionou a PF para investigar o caso.
Além do acesso em São Paulo, a PF investiga o servidor Odilon Ayub Alves , que acessou os dados do chefe do Executivo por um computador na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Espírito Santo. Ele usou o sistema do Fisco para fazer a consulta.
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Ele é irmão da deputada federal Norma Ayub (DEM-ES). Ao Correio, a parlamentar informou que Odilon não agiu com intenção de prejudicar o presidente e que o fato ocorreu no ano passado. “Ele não teve maldade. Ele é Bolsonaro, sempre foi, fez campanha. Foi uma ingenuidade. Ele não era nem presidente quando isso aconteceu”, explicou.
Norma contou que a ideia de acessar os dados de Bolsonaro teria começado com uma brincadeira. O servidor, ao atender uma pessoa com o mesmo nome do presidente na unidade onde trabalha, em Cachoeiro, fez a busca em um momento de descontração, segundo informou a deputada. “Ele brincou se o sobrenome do moço era Bolsonaro. Daí veio a ideia”, disse.
“Ele errou de ter acessado o sistema, mas não teve maldade. Ele entrou como um fã, como eleitor. A maior parte da população queria conhecer Bolsonaro na época”, afirmou. Segundo ela, o acontecido foi um caso isolado e não irá gerar grandes repercussões. “Ele só vai prestar um depoimento. Não teve prisão”, ressaltou.

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