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De doença misteriosa a surto de microcefalia: a trajetória da zika na PB

De doença misteriosa com manchas vermelhas a um surto de malformação cerebral em bebês. Em um intervalo de apenas sete meses, o Zika Vírus conseguiu deixar de ser uma infecção sem aparentes complicações e se tornou a maior preocupação das gestantes, que temem o diagnóstico da microcefalia. O número de notificações da microcefalia pulou de nove casos no dia 12 de novembro para 429 notificações até o dia 22.

Os primeiros casos registrados da misteriosa doença começaram a surgir no estado no final de abril. Órgãos públicos ligados à saúde na Paraíba investigavam a ocorrência da doença, que tem como sinal mais aparente o surgimento de manchas vermelhas na pele e coceira forte.

O surto da doença foi confirmado pela Secretaria de Estado da Saúde no dia 30 de abril, um dia depois que pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) identificaram que o causador da doença era o Zika Vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Sete meses depois, a zika voltou ao foco das atenções no estado, desta vez de forma mais preocupante. No dia 11 de novembro, o Ministério da Saúde (MS) informou que estava investigando casos de microcefalia registrados na Paraíba e em outros estados do Nordeste. Durante uma coletiva de imprensa, o ministro da saúde, Marcelo Castro, explicou que foi declarado estado de emergência em saúde pública por causa da situação.

As investigações começaram após as secretarias de saúde de várias cidades identificarem um aumento no número de suspeita de microcefalia registradas no segundo semestre deste ano. Na ocasião, o Ministério da Saúde também explicou que havia a possibilidade do aumento dos casos estar relacionado ao zika vírus.

  Essa relação do vírus com a malformação se deu após a médica Adriana Melo, da maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande, solicitar exames feitos com o líquido amniótico de dois bebês com microcefalia no município de Juazeirinho, no Seridó paraibano. Adriana requisitou um teste para identificar se as gestantes tinham sido infectadas pelo Zika vírus durante a gestação. A confirmação da infecção foi divulgada pela Secretaria de Saúde de Campina Grande no dia 17 de novembro.

Neste mesmo dia, o Ministério da Saúde informou que a epidemia de contaminação por zika vírus registrada no primeiro semestre é a “principal hipótese” para explicar o aumento dos casos de microcefalia na região Nordeste. Apenas 11 dias depois, o MS confirmou a relação inédita entre a infecção por Zika vírus e a microcefalia.

No início de dezembro, o Governo da Paraíba decretou situação de emergência no Estado, tendo em vista a incidência considerada anormal de casos de microcefalia. No dia do decreto, em 4 de dezembro, a Paraíba registrava 248 casos supeitos de microcefalia e era o segundo estado com maior número de casos notificados no país, atrás apenas de Pernambuco, que apresentava 646 casos.

Terminando o ano com esse panorama, a perspectiva é de que 2016 seja um ano “caótico” no Brasil por causa da proliferação do zika vírus. Essa é a previsão da médica Adriana Melo, reponsável pela iniciativa que confirmou a relação do vírus com a microcefalia. Segundo ela, para evitar que a situação piore, é preciso combater ainda mais a proliferação do mosquito, uma vez que o vírus está em mutação constante e a confirmação da relação com a microcefalia não pode fazer com que as pesquisas parem. “Há vários padrões de microcefalia e isso dificulta as investigações. Mas continuo batendo na tecla que, antes de resolver as consequências, devemos combater o mosquito”, conclui.

Fonte: Cenário MT

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