Companhia aérea está em processo de recuperação de judicial e busca levantar recursos com a venda de direitos de pouso e decolagem, mesmo com decisão da Justiça contra venda dos ‘slots’.
Por Luiz Guilherme Gerbelli e Luísa Melo, G1
Avião da companhia aérea Avianca decola no Aeroporto Internacional São Paulo — Foto: Celso Tavares/G1
O leilão de ativos da Avianca terminou com três lotes arrematados pela Gol, dois pela Latam e outros dois encalhados. A venda dos ativos somou R$ 174 milhões.
Em recuperação judicial, a Avianca colocou os ativos sob disputa nesta quarta-feira (10), incluindo os direitos de pousos e decolagens (“slots”), mesmo após a Justiça ter autorizado a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a redistribuí-los entre outras companhias aéreas.
O certame era considerado essencial para que a companhia levantasse os recursos necessários para evitar a falência. O resultado, porém, pode vir a ser contestado no futuro porque existem questionamentos judiciais sobre a legalidade de a empresa incluir os slots entre os ativos leiloados ainda em andamento. O pagamento das ofertas realizadas está condicionado ao reconhecimento do leilão pela Justiça.
Apenas Gol e Latam participaram do leilão. A Azul também estava habilitada, mas não compareceu “por não acreditar na legitimidade do processo”, disse em nota. A companhia também afirmou que a disputa por ativos não estimulou a participação de concorrentes e disse ter “confiança de que os órgãos reguladores brasileiros trarão uma solução que estimule a maior competitividade no setor.”
Leilão de ativos da Avianca em São Paulo — Foto: Luiz Guilherme Gerbelli/G1