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Autor de ataque com carro-bomba em Bogotá era da ELN; nº de mortos sobe para 21

Por G1

 


Pessoas fazem vigília na madrugada desta sexta-feira (18) pelas vítimas do atentado na Academia de Polícia General Santander, em Bogotá, na Colômbia — Foto: REUTERS/Luisa GonzalezPessoas fazem vigília na madrugada desta sexta-feira (18) pelas vítimas do atentado na Academia de Polícia General Santander, em Bogotá, na Colômbia — Foto: REUTERS/Luisa Gonzalez

Pessoas fazem vigília na madrugada desta sexta-feira (18) pelas vítimas do atentado na Academia de Polícia General Santander, em Bogotá, na Colômbia — Foto: REUTERS/Luisa Gonzalez

O ministério da Defesa da Colômbia afirmou nesta sexta-feira (18) que o autor do atentado com um carro-bomba contra a escola militar em Bogotá era um especialista em explosivos do Exército de Libertação Nacional (ELN), a última guerrilha ativa do país.

José Aldemar Rojas Rodríguez, que tinha os apelidos de “Kico” ou “Mocho”, já tinha perdido uma mão manipulando explosivos entre 2008 e 2010. Ele morreu no ataque, ocorrido na manhã de quinta-feira (17). Os outros 20 mortos são estudantes entre 17 e 22 anos.

“Um ato terrorista cometido pelo ELN matou essas vidas jovens”, afirmou o ministro da Defesa da Colômbia, Guillermo Bogotá

Formado por cerca de 2.000 combatentes, o Exército de Libertação Nacional é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

O grupo iniciou conversas de paz com o governo do ex-presidente Juan Manuel Santos em fevereiro de 2017, mas o diálogo foi suspenso pelo atual presidente, Iván Duque. O chefe de estado colocou como condição para as negociações a interrupção das hostilidades e a libertação de todos os reféns.

Rojas Rodríguez, de 56 anos, nasceu em 13 de maio de 1962, em Puerto Boyacá, no norte do país. A presença da ELN é muito forte na região. De acordo com o jornal “El Tiempo”, ele comprou o veículo em maio do ano passado e não tinha passagem pela polícia.

Um suspeito de participar da elaboração do ataque foi detido na madrugada desta sexta no bairro de Los Laches, no sul de Bogotá. Ricardo Andrés Carvajal Salgar, de 50 anos, foi detido após a interceptação de conversas telefônicas.

Atentado

O jornal “El Tiempo” relata que Rojas chegou dirigindo um veículo utilitário até a Academia de Polícia General Santander por volta das 9h30 (12h30, horário de Brasília). Ele levava 80 kg de pentolite, que é um forte explosivo.

Na entrada, um cão farejador detectou o perigo e, quando os agentes tentaram impedir o carro, ele acelerou e atropelou um dos vigias.

Serviços de emergência vão à academia da polícia em Bogotá em que carro explodiu nesta quinta-feira (17) — Foto: AP Photo

Em seguida, avançou em alta velocidade por pouco mais de 200 metros e explodiu quando passou perto do alojamento das mulheres na escola. Pouco antes de o carro explodir, ocorria no local uma cerimônia de promoção de cadetes. Imagens postadas nas redes sociais mostram restos de um carro incendiado. Vidraças das casas próximas também ficaram danificadas.

A polícia afirmou que o saldo de 21 mortos ainda é preliminar. Os 68 feridos foram levados para diferentes hospitais com o apoio das equipes de socorro e emergência do Distrito de Bogotá. Nove dos feridos seguem internados – dois sob cuidados intensivos. Apenas quatro corpos foram identificados até o momento.

Na Academia de Polícia General Santander acontecem cursos para cadetes da polícia colombiana e para policiais de outros países latino-americanos. Segundo “El Tiempo”, uma policial do Equador morreu e outra ficou ferida.

‘Ato terrorista’

O presidente Iván Duque, que visitou a escola militar na quinta, classificou o incidente como “ato terrorista” e pediu que os autores do ataque sejam levados à Justiça.

“Os colombianos nunca cederam ao terrorismo, nós sempre o derrotamos. Esta não será uma exceção”, declarou.

Presidente da Colômbia, Iván Duque, discursa ao lado da vice-presidente Marta Lucia Ramirez na escola militar de Bogotá que foi alvo de um ataque na quinta-feira (17)  — Foto: Juan Barreto / AFP

Presidente da Colômbia, Iván Duque, discursa ao lado da vice-presidente Marta Lucia Ramirez na escola militar de Bogotá que foi alvo de um ataque na quinta-feira (17) — Foto: Juan Barreto / AFP

O Itamaraty condenou o ataque. “Ao reafirmar seu firme repúdio a todo ato de terrorismo, independentemente de sua motivação, o governo brasileiro presta suas condolências e solidariedade aos familiares das vítimas fatais, ao povo e ao governo da Colômbia, e faz votos de plena recuperação dos feridos”, afirma nota do ministério.

Carro em chamas é visto em academia da polícia colombiana nesta quinta-feira (17) em Bogotá — Foto: AP Photo

Carro em chamas é visto em academia da polícia colombiana nesta quinta-feira (17) em Bogotá — Foto: AP Photo

Explosão deixou dezenas de mortos e feridos em Bogotá — Foto: Infografia: Roberta Jaworski/G1

Explosão deixou dezenas de mortos e feridos em Bogotá — Foto: Infografia: Roberta Jaworski/G1

Violência na Colômbia

Carros-bomba foram frequentes na Colômbia na época do cartel de drogas de Medellin, liderado pelo narcotraficante Pablo Escobar.

O país também conheceu vários episódios de violência em décadas de guerra civil entre o Estado e diversos grupos terroristas, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Em 2016, o governo fechou um acordo de paz com as Farc, que se tornaram um partido político, colocando fim a uma guerra que deixou 260 mil mortos e milhões de pessoas deslocadas.

O último grande atentado no país havia ocorrido em janeiro de 2018, quando a ELN detonou uma bomba na cidade de Barranquilla, no norte do país, matando cinco policiais e ferindo dezenas.

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