Presidente criticou ‘discurso populista’ e disse que não há nas ruas pessoas com ‘físico esquelético’. ‘Passa-se mal, não come bem. Aí eu concordo, agora passar fome não’, afirmou.
Por G1 — Brasília
O presidente Jair Bolsonaro, ao lado do ministro Onyx Lorenzoni, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto — Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (19) que é uma “grande mentira” que pessoas passem fome no Brasil. Segundo ele, não há nas ruas do país pessoas com “físico esquelético”.
A declaração ocorreu durante café da manhã com jornalistas de veículos estrangeiros. A fala foi transmitida por uma rede social do presidente.
Durante o café da manhã, Bolsonaro foi questionado por uma jornalista a respeito do aumento da pobreza e da fome no país, problema que teria sido apontado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Segundo o presidente, falar que pessoas passam fome no Brasil “é um discurso populista”.
“Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira. Passa-se mal, não come bem. Aí eu concordo, agora passar fome não. Você não vê gente pobre pelas ruas com físico esquelético como a gente vê em alguns outros países por aí pelo mundo”, disse Bolsonaro.
“É um discurso populista [falar de fome no Brasil], tentando ganhar simpatia popular, nada mais além disso. O que nós temos que fazer, nós, poder Executivo e Legislativo, em grande parte um depende do outro, é facilitar a vida do empreendedor, de quem quer produzir”, complementou.
Ele afirmou ainda que o solo do Brasil é “rico para praticamente qualquer plantio”, mas que as autoridades políticas não devem atrapalhar o nosso povo a crescer.
Bolsonaro também criticou a legislação ambiental brasileira, classificando-a de “psicose ambiental”.
“É só as autoridades políticas, nós do Legislativo e do Executivo, não atrapalharem o nosso povo e essas franjas de miséria por si só acabam no Brasil, porque nosso solo é muito rico para tudo o que você possa imaginar”, disse o presidente.