Presidente da Embratur é demitida após reservar suposto jantar de R$ 290 mil com Alceu Valença

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Na manhã desta sexta-feira (29), Bolsonaro voltou a repercutir o caso nas redes sociais. Em post no Twitter, o presidente disse que o governo atua na economia de recursos em diversas áreas.

Em live no Facebook, Bolsonaro afirmou que mandou demitir Teté Bezerra da presidência da Embratur por conta dos valores do patrocínio em jantar (Foto: Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em live no Facebook, na noite desta quinta-feira (28), que o motivo da demissão da presidente da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo), Teté Bezerra, teria sido o pagamento de R$ 290 mil ao cantor Alceu Valença, que cantaria em jantar patrocinado pela estatal. Diante disso, Bolsonaro mandou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, exonerar Teté do cargo.

A cerimônia aconteceria na próxima semana. Segundo Jair Bolsonaro, o dinheiro sairia do valor do recurso sairia dos contribuintes brasileiros. “Não dá para admitir passivamente um gasto dessa dimensão (R$ 290 mil). Isso é um escracho para o povo brasileiro, que está cansado de pagar impostos. É dinheiro jogado fora”, disse o presidente. “(Diante dessa situação,) entramos em contato com o ministro do Turismo, e falei para ele cancelar o jantar. Além disso, pedi que cancelasse a função da presidente da Embratur”, declarou Bolsonaro, que estava ao lado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no vídeo.

Na manhã desta sexta-feira (29), Bolsonaro voltou a repercutir o caso nas redes sociais. Em post no Twitter, o presidente disse que o governo atua na economia de recursos em diversas áreas. “Temos buscado dar exemplo com economia de R$ 35 milhões na compra de passagens aéreas anuais, redução de número de ministérios, cortes de milhares de (cargos) comissionados”, escreveu o chefe do Executivo brasileiro.

Contradições               

As declarações de Bolsonaro contradizem a versão de Teté, ex-deputada federal pelo MDB de Mato Grosso, e do próprio Ministério, porque, segundo eles, a saída da funcionária teria partido dela. Na quinta-feira (28), Teté entregou sua carta de demissão a Marcelo Álvaro Antônio.

Segundo o blog de Tales Faria, do portal UOL, ela afirmou que tomou a iniciativa para “dar liberdade ao ministro para concluir sua equipe”.

Em nota, o Ministério do Turismo afirmou que o pedido de exoneração foi aceito e que o ministro “agradece os trabalhos prestados e deseja sucesso nas próximas missões”. Ainda de acordo com o comunicado, o próximo presidente “será um nome alinhado com a gestão do presidente Jair Bolsonaro, que preza pela austeridade, economicidade e eficiência”.

Teté Bezerra assumiu a presidência da Embratur em maio de 2018, ainda no governo Michel Temer, depois de ocupar por mais de dois anos o cargo de secretária nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Ministério do Turismo.

A reportagem procurou a assessoria de Alceu Valença, mas não obteve resposta até o momento.

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