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Presidente do PSL, Luciano Bivar, é alvo de buscas e apreensões da PF

Operação Guinhol investiga esquema de candidaturas laranjas e de desvio do fundo partidário destinado a candidaturas femininas do partido na última eleição em Pernambuco


Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta terça-feira (15/10), nove mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao presidente do PSLLuciano Bivar. A Operação Guinhol investiga esquema de candidaturas laranjas e de  desvio do fundo partidário destinado à candidaturas femininas do partido na última eleição em Pernambuco. O inquérito foi aberto a pedido do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado.
De acordo com a PF, representantes locais do PSL teriam ocultado, disfarçado e omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do fundo partidário. “Especialmente os destinados às candidaturas de mulheres, após verificação preliminar de informações que foram fartamente difundidas pelos órgãos de imprensa nacional”, diz a nota da corporação.

Os mandados na operação buscam provas de burla ao emprego dos recursos destinados às candidaturas de mulheres. “Tendo em vista que ao menos 30% dos valores do Fundo Partidário deveriam ser empregados na campanha das candidatas do sexo feminino, havendo indícios de que tais valores foram aplicados de forma fictícia objetivando o seu desvio para livre aplicação do partido e de seus gestores”, conclui a PF.

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O inquérito na Justiça Eleitoral investiga a prática dos crimes eleitorais e de organização criminosa. O nome da Operação Guinhol é uma referência a um marionete, personagem do teatro de fantoches criado no século 19 diante da possibilidade de candidatas terem sido utilizadas exclusivamente para movimentar transações financeiras escusas.

Crise com Bolsonaro

O PSL está em conflito com o presidente da República, Jair Bolsonaro, que é filiado ao partido. O desgaste se agravou desde que o do chefe do Executivo recomendou, há uma semana, que um apoiador “esquecesse” a legenda, indicando que ele próprio pode tomar a decisão de sair da agremiação. “Bivar está queimado pra caramba”, disse o presidente na ocasião.

 

Bolsonaro completa, nesta terça-feira (15/10), 19 meses e sete dias de filiação ao partido que abriu as portas para ele e os filhos nas eleições de 2018 — e permitiu até que o clã comandasse a legenda. Nos bastidores, o presidente busca uma saída jurídica para justificar o desligamento do PSL.

 

Nos últimos dias, enfraquecido pelas declarações do chefe do Executivo, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE), presidente do partido, recorreu a congressistas para defender a sigla. Lideranças da sigla na Câmara já articulam a desfiliação de alguns deputados que fizeram coro às reclamações de Bolsonaro contra o partido, ameaçando-os de expulsão se a saída não for amigável.

Defesa de Bivar e do PSL

A defesa do deputado Luciano Bivar (PE) e do partido em Pernambuco se manifestou e afirma que “vê a situação fora de contexto”. Na nota, divulgada pela assessoria de Bivar, o Escritório de Ademar Rigueira, que responde pela defesa do deputado e do PSL em Pernambuco, “enfatiza que o inquérito já se estende há 10 meses, já foram ouvidas diversas testemunhas e não há indícios de fraude no processo eleitoral”. Para a defesa, a “busca é uma inversão da lógica da investigação, vista com muita estranheza pelo Escritório, principalmente por se estar vivenciando um momento de turbulência política”.

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