Ex-reitora da UEPB ataca atual reitor

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A ex-reitora da UEPB Marlene Alves de Sousa Luna, em entrevista à Rádio Campina FM, teceu duros comentários sobre o fechamento do Museu de Artes Assis Chateaubriand (MAAC), divulgado nesta semana pelo reitor Rangel Júnior.

“Inadmissível, inconcebível e ato insano”, foram alguns dos adjetivos que Marlene usou para definir a insatisfação dela com relação ao caso.

Ela disse que o argumento das despesas não justifica o fechamento.

– Uma despesa de R$ 100 mil mensais, com um total de R$ 1,2 milhão anuais, em um orçamento de quase R$ 300 milhões da UEPB, não justifica o fechamento de um importante equipamento cultural que guarda um acervo importantíssimo para a história de Campina Grande, da Paraíba e para o mundo.

A ex-reitora lembrou que o MAAC tem um acervo que resgata uma história desde 1967, que são obras de Assis Chateaubriand, além dos arquivos do extinto jornal Diário da Borborema.

– A UEPB já teve crises homéricas, já passamos seis meses sem receber salários e nunca foi cogitado fechar o MAAC, então não justifica sob hipótese nenhuma. Esse museu foi preparado porque ele tem todas as condições no mundo de guardar e expor um acervo riquíssimo. A pergunta que fica é: para onde vai esse acervo? para um porão? – questionou.

Marlene revelou que expôs em um grupo em comum com Rangel Junior, a insatisfação sobre o fechamento. Disse que ao tomar conhecimento, através da reportagem  teria questionado o ato ao reitor. Alves afirmou que esta teria sido uma decisão unilateral de Rangel e que nem ao menos o Conselho Universitário foi consultado.

A ex-reitora disse que o ato é considerado “desvio de finalidades” já que a obra foi realizada com recursos do Governo do Estado, através de convênio com a UEPB.

– Tem mais um agravante: isto é desvio de finalidade. O dinheiro chegou à UEPB com um único motivo, construir o museu. Então tem problemas legais, de concepções. É algo inconcebível e a UEPB não pode permitir que isso aconteça – bradou ela.

Questionada se apoiaria a candidatura do reitor Rangel Junior, para a reeleição do cargo, que acontece neste ano, Marlene foi irônica e disse que o professor teria que repensar as ações dele e que apesar de serem amigos, não compactua com a decisão de fechamento.

Marlene Alves não deverá ser candidata a nenhum cargo eletivo em Campina Grande, nem concorrer à Reitoria da UEPB.

Ela foi substituída pelo atual reitor, depois de dois mandatos consecutivos, quando apoiou Rangel na eleição de 2012.

Fonte: PB Agora

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