O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta segunda-feira (8) a criação de um fundo de emergência para combater o Aedes aegypti e o vírus da zika.
Com sensação térmica de menos quatro graus, os mosquitos que transmitem o vírus da zika teriam pouca chance em Nova York. Mas a chegada do calor nos próximos meses preocupa as autoridades.
A população de mosquitos deve aumentar principalmente no sul dos Estados Unidos. Para combater os insetos e conter a transmissão, Barack Obama pediu US$ 1,8 bilhão ao Congresso.
O fundo de emergência também vai ser usado para acelerar pesquisas sobre uma vacina, investigar a ligação entre o vírus da zika e a microcefalia, e aumentar a capacidade dos laboratórios de fazer exames.
Trezentos e trinta e cinco milhões de dólares devem ir para países afetados pela doença, como o Brasil.
Anthony Fauci, diretor do Instituto de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, disse que os testes em humanos da vacina contra o vírus da zika devem terminar ainda este ano. E que, numa emergência, o tempo que leva para uma vacina ser aprovada pode ser reduzido de três a cinco anos para oito meses.
De dezembro do ano passado até a última sexta-feira (5), 50 americanos voltaram do exterior com o vírus da zika. a preocupação de muita gente é com os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto, quando o Brasil espera receber mais de 10 mil atletas e 300 mil turistas do mundo inteiro.
O diretor da Associação Olímpica britânica assegurou nesta segunda-feira (8) que os atletas não estão relutantes em ir para o Rio: “Temos uma tradição de competir sempre e queremos mantê-la.”
O presidente do Comitê Olímpico do Japão disse que os atletas japoneses estão treinando muito para se apresentarem bem no Brasil.
O Comitê Olímpico dos Estados Unidos, que têm o maior número de medalhas na história das Olimpíadas, discutiu a situação da doença no Brasil.
Por telefone, o diretor da Federação de Hipismo Will Connell disse que os atletas que não se sentirem confortáveis não serão obrigados a participar dos Jogos, mas que é cedo para saber se alguém vai desistir.
“Eu estou otimista com as Olimpíadas”, ele disse, “até porque ela vai acontecer no inverno, quando a população de mosquitos diminui”.
Na coletiva desta segunda, Anne Schuchat, do Centro para Controle de Doenças, disse que o foco deve ser proteger as grávidas. “Não é o caso de dizer para as pessoas não viajarem para as áreas afetadas, mas as grávidas devem pensar se querem ir”, afirmou.
O Comitê Organizador das Olimpíadas do Rio declarou nesta segunda que está fazendo inspeções diárias nas instalações esportivas. E que acredita que nenhum atleta vai querer abrir mão de competir nos jogos.
Fonte: Jornal da Globo