sexta-feira, maio 17, 2024
No menu items!
Google search engine
InícioDestaquesApós nova alta do diesel, caminhoneiros da Paraíba reclamam da situação da...

Após nova alta do diesel, caminhoneiros da Paraíba reclamam da situação da categoria

Esses aumentos do diesel e dos demais produtos como pneus e peças estão empurrando os trabalhadores para um trabalho ainda mais precário. Está insustentável o trabalho e a sobrevivência financeira dos caminhoneiros já não existe mais”, disse.

Até abril, o óleo diesel acumulava alta de 53,58%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (Foto: Walla Santos)

A escalada de aumentos de preços dos combustíveis no Brasil, resultado da Política de Paridade de Importação (PPI), adotada pela Petrobras em 2016 e mantida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), segue trazendo prejuízos para os caminhoneiros autônomos. Em entrevista, nesta sexta-feira (17), o presidente da Associação de Caminhoneiros de Campina Grande e Região, Albério Lima, disse que muitos trabalhadores já desistiram de seguir na área.

“Esses aumentos do diesel e dos demais produtos como pneus e peças estão empurrando os trabalhadores para um trabalho ainda mais precário. Está insustentável o trabalho e a sobrevivência financeira dos caminhoneiros já não existe mais”, disse.

“Em maio, com o reajuste no diesel de 40 centavos por litro, o abastecimento tornou praticamente impossível algum lucro dos caminhoneiros, já que em um frente de R$ 13 mil, mais de R$ 5 mil é gasto no abastecimento apenas de ida da carga para São Paulo, por exemplo, sem contar a volta. Ou seja, muitos colegas já desistiram, ou estão virando motoristas de empresas ou empreendendo”, destacou.

Até abril, o óleo diesel acumulava alta de 53,58%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Ninguém está aguentando mais continuar nessa profissão. O caminhoneiro autônomo não tem mais condições de rodar. Hoje em dia não tem condições mais de rodar, já estávamos passando por dificuldades. Se você pegar um frete valendo R$ 13 mil, estamos pagando para trabalhar. O óleo é mais caro que a gasolina. Essa situação de ver o país do jeito que está é vergonhosa”, desabafou.

Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em 2017, revelam que o Brasil tinha cerca de 919 mil transportadores autônomos. O número caiu para 696 mil em 2021 e segue caindo ainda mais. Segundo Albério, o motivo é que esses profissionais estão tendo que escolher “entre comer ou abastecer e manter o veículo”, diz o dirigente.

RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Advertisment -
Google search engine
Google search engine

Most Popular

Recent Comments