Falta de estrutura dificulta tratamento da zika no interior da Paraíba

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A falta de um laboratório para realização de exames de sangue e até de materiais de expediente tem dificultado o tratamento contra o vírus da zika na cidade de Arara, no Agreste paraibano. Apenas nos primeiros dez dias do mês de fevereiro de 2016, o Hospital Municipal Natanael Alves registrou 1.100 casos.

Segundo a recepcionista da unidade de saúde, Adriana Trindade, por causa do grande número de pacientes os formulários acabaram durante os dias de Carnaval. “A gente está sem material e aí nós teremos a demanda do 6, 7, 8 e 9 para fazer revisando as fichas de anotações e conseguir preencher os formulários”, disse ela, que ainda espera a chegada do material.

Um dos médicos que trabalham no local, Edílson Ribeiro, se mostra preocupado em relação aos casos que estão aparecendo na cidade. “Começou com a dengue, depois veio a chikungunya e agora é a zika. Isso não é mais uma epidemia, é uma pandemia”, afirmou.

Outra coisa que tem atrapalhado o tratamento é a falta de um laboratório de exames. O diretor do hospital, Nino Flor, comentou a situação. “Pegou todo mundo de surpresa. O médico dá aquele diagnóstico visível. No hospital nós não temos laboratório para fazer exame de sangue”, falou. Devido a isso, vários pacientes são encaminhados para hospitais de Campina Grande.

O surto de zika também assusta as gravidas que moram na cidade. A gestante Marilene Duarte diz que perdeu dias de sono quando apresentou sintomas do vírus da zika e só se tranquilizou quando fez um novo exame de ultrassom, mas o receio permanece. “Eu sinto medo de ela [a doença] me pegar de novo”, contou.

A Secretária de Saúde de Arara informou que não tem conhecimento da falta de formulários e que o município está combatendo o mosquito.

Fonte: G1

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