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Número de inadimplentes bate recorde: 63 milhões têm dívidas atrasadas

Por Jornal Nacional

 

40% dos brasileiros adultos têm pelo menos 1 dívida que não consegue pagar
Jornal Nacional

40% dos brasileiros adultos têm pelo menos 1 dívida que não consegue pagar

Mais de 40% dos brasileiros adultos têm pelo menos uma dívida que não conseguem pagar. O número de inadimplentes bateu um novo recorde.

Quando a ficha do Cristiano dos Santos Cândido saiu da máquina, era mesmo para arregalar os olhos: dez dívidas e nenhum emprego há dois anos. “Esperando Deus abrir uma porta e conseguir um trabalho para nós estarmos trabalhando”, disse Cristiano, desempregado.

É uma das causas do novo recorde de inadimplência: mais de 63 milhões de brasileiros estão com dívidas atrasadas. Isso significa mais de 40% da população adulta do país. O percentual de inadimplentes varia muito conforme o estado. É mais alto no Norte — em Roraima, chega a quase 60% da população adulta. É mais baixo no Sul — o menor percentual é em Santa Catarina: 33% da população adulta. A empresa de avaliação de crédito diz que o motivo é o desemprego menor na região.

Cartão de crédito e cheque especial: é aí que o brasileiro se enrola. Há dois anos, o governo e os bancos vêm adotando medidas para tentar conter as chamadas bolas de neve, aquelas dívidas que se tornam impagáveis. Como, por exemplo, quando o cliente entra no cheque especial, o banco tem que oferecer uma opção de crédito com juros mais baixos. Isso ajudou a reduzir a inadimplência com bancos e administradoras de cartões por um tempo.

Em um gráfico, dá para ver a queda desde junho de 2017. Mas a participação de bancos e cartões na inadimplência voltou a crescer no fim de 2018. E, no último número disponível, atingiu 28% do total de dívidas.

“É um sinal preocupante, porque, quando as pessoas ficam inadimplentes junto aos sistemas financeiros, junto ao sistema bancário, é um sinal de que elas não estão conseguindo pagar praticamente nenhum dos seus credores, porque elas tentam preservar o banco o máximo que podem, para não perder nenhum cheque especial e nem o cartão de crédito”, explica Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.

Além do desemprego, da queda de renda, há outro fator que pesa: “É uma situação crônica do brasileiro, que é a falta de educação financeira. Isso leva as pessoas a se endividarem muito além da conta e acabam ficando inadimplentes por causa disso”, afirma Rabi.

O motorista de caminhão João Batista Alves de Souza reconheceu isso: gastou demais no cartão de crédito, não conseguiu pagar e ficou com o nome sujo. Agora, renegociou a dívida. “Tira de lição para, antes de fazer uma dívida, ter cuidado, pensar muito se realmente é necessário fazer aquela dívida. No meu caso, em especial, não era, então foi um descontrole também”, diz.

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